quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Há dias em que eu queria deixar meu coração em casa, de castigo...

E todos tentam me alertar
Todos tentam abrir meus olhos
Todos tentam me ajudar
Mas meu coração não tem ouvidos, nem olhos
E parece que gosta de se machucar

Eles dizem o quanto estou agindo como idiota
Mas sou cabeça dura, sou incorrigível, sou teimosa, sou moleca...
E o caminho do aprendizado é longo e árduo...
Talvez eu tenha nascido para bater a cabeça
E talvez esse marasmo nunca tenha fim
Quem nasceu pra doer, merece morrer...
Antes morrer do que pra sempre doer...

Têm dias que não queria sentir,
Há dias em que eu queria deixar meu coração em casa, de castigo...

Não desistam de mim, por favor :)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

The dog days aren't over!

Texto velho...eu publiquei, mas apaguei, e então resolvi publicar novamente rs

E aqui estou...
Caindo de novo...
Doendo mais uma vez...
Quando esse ciclo vai parar?
Ou será que a masoquista sou eu?
Eu fico analisando essas situações...
Penso se estou perdendo tempo fazendo isso...
Chegarei a compreender algo?
Ou é tudo em vão?
Você acha possível analisar os assuntos do coração?

Estou cansada desse posicionamento...
Cansada de imaginar, questionar, justificar...
Cansada...

Quis abrir meu coração para ver se como as palavras esse desconforto se dissipa pelos ares, pelas vias virtuais, pelo mundo...
Seja para onde for, pelo menos que seja para bem longe...
Bem longe do meu peito...
Bem longe de mim...
Se possível para sempre...

Será que existe interesse sem sofrimento?
Será que a dor torna alguém mais interessante?
Ou será que eu sofro de algum problema mental? Rs

Talvez seja só mais um sintoma de paixonite...
Uma entre milhões que ainda hão de vir...
Melhor eu me acostumar com a dor...
Vestir a armadura...
E enfrentar o monstro!

Como diz aquele bom e velho ditado: “Um dia da caça, outro do caçador”.

Desejem-me boa sorte!
Obrigada por ter lido até aqui!
Mande sua opinião!
Boa noite ;)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

All you need is love...

Dia 17 de agosto = Dia do Amor S2

Hoje li um texto no blog Ellen que se encaixa perfeitamente no dia do amor S2.
Concordo plenamente com ela, apesar de ser muito difícil achar essa pessoa que deixe seu mundo de ponta cabeça.
Talvez por pensar assim que seja difícil para mim achá-la, porém, pelo menos sei que meu coração não é uma puta que abana o rabinho pro primeiro que dá atenção ou então esse coração morreu e não me avisou rsrs...

"Could a dead, frozen heart break? It felt like mine would.
Could a dead, frozen heart beat again? It felt like mine was about to."


Ultimamente, eu construi um forte em volta do meu coração, para me proteger. Não sei se isso é bom ou ruim, porém, hoje sei claramente o que desejo e isso não me previne de usufruir bons momentos e boas pessoas.
Às vezes tenho medo de parecer fria demais, distante demais...mas no fundo é tudo medo da dor, medo de ter meu coração espatifado no chão novamente...
É claro que considero válido...toda a dor, os erros...foi um aprendizado, valeu para rever meus conceitos, minhas ações, minha forma de ver a vida e os relacionamentos...

"The quiet scares me 'cause it screams the truth."

Tenho me sentido apática ultimamente...sem vontade de estudar, trabalhar, viver...
Recebi um e-mail de um psicólogo que conta que muitos pacientes são diagnosticados com depressão, mas na verdade só estão tristes porque estão sem gosto pela vida, ele afirma ainda:
"Para estar satisfeito, ativo e sentir-se jovem e feliz é preciso namorar a vida".
Talvez seja isso que esteja faltando para mim...
Por isso continuo vivendo, em busca de um motivo para namorar a vida, até que meu Chuck Bass apareça para amar até doer ^^

Como diz Camões:


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Quero cantar:

What you got boy it's hard to find

I think about it all the time

I'm all strung out, my heart is fried

I just can't get you off my mind

Because your love, your love, your love is my drug

Your love your love your love


Ou:

Just gonna stand there

And watch me burn

But that's alright

Because I like

The way it hurts

Até a próxima ;)
"Quem define o AMOR, nunca AMOU".

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Os amores vêm e vão, mas os amigos sempre ficam...


Faz de conta que é 20 de julho!

Dia 20 de julho é um dia muito especial, dia do amigo!
Mas que deveria ser comemorado o ano inteiro!
Como minha-querida-melhor-amiga disse: "As declarações de amor são para todos os dias, não apenas hoje".
Sei que estou super atrasada...no dia não queria escrever algo banal...quando tive uma explosão de inspiração fiz minhas anotações, porém, por descaso do destino (mais meu) somente ontem as localizei. Lá vai...

Uma vez vi um filme no qual um personagem perguntava ao outro por que as pessoas se casam e a resposta foi a seguinte:
"Porque precisamos de uma testemunha para nossa vida. Há um bilhão de pessoas no mundo, que importância tem a vida de cada pessoa, na verdade? Mas no casamento você se compromete a se importar com tudo. As coisas boas, as coisas ruins, as coisas terríveis, as coisas comuns...com tudo, sempre, todos os dias. Você diz: "a sua vida não passará sem ser notada, porque eu estarei lá para notar. Sua vida não ficará sem testemunhas, porque eu serei sua testemunha".

Esse diálogo sempre me tocou, ele vive guardado em uma das gavetas da minha memória.
E pensando em algo para escrever no blog associei o diálogo ao relacionamento que tenho com ELA.
É claro que escrevo para ela (esse blog existe por causa ela, que deve ser minha única leitora, ilustre, diga-se de passagem), minha testemunha, minha companheira.

Recordei inúmeros momentos nossos, principalmente os mais antigos, presentes na nossa infância...
Quando brincávamos juntas, riamos juntas, tomávamos banhos juntas, ouvíamos músicas juntas, assistíamos novela juntas, comprávamos o jornal para saber o que aconteceria na novela JUNTAS...

JUNTAS...uma palavrinha que faz tudo parecer, soar mais real...dá legitimidade aos acontecimentos, à vida. Tudo tem mais graça feito ao lado de outra pessoa.
Hoje nos restam tantas memórias compartilhadas...boas como as acima, ruins como brigas, desentendimentos, rompimentos...o que importa é que depois de 17 anos de tudo isso ainda estamos juntas.
Dezessete anos de vida, de situações, pessoas, namorados...e no fim, temos uma a outra, sempre.
Dezessete anos de vida JUNTAS, de amizade, de relacionamento, de descobertas interiores e exteriores, de análises, de CASAMENTO...
Lembro quando dávamos a mão para compartilhar a dor de uma das duas, para que o fardo pesasse menos. Saiba que estarei sempre com a mão estendida pra você.

Foi pensando em tudo isso que percebi algo genuíno dentro de mim.
Apesar de não ter tido muito suporte quando tive minha desilusão amorosa, eu sou capaz de viver a reconstrução da outra pessoa quando essa está desiludida.
Isso me deixou orgulhosa, avaliando a amiga que existe em mim, quão longe eu posso ir pelo outro...
Apesar dos inúmeros defeitos que tenho, me fez sentir digna de viver...posso morrer em paz agora rsrs

Ser amigo não é cobrar, é estar sempre lá pro que der e vier...
Compartilhar todos os momentos (atuais, nostálgicos, ou, inclusive, esse de renascimento) só tem nos feito bem, reavivou aquele sentimento de casal que acompanha, que testemunha a vida um do outro.
E é como se agora sim eu pudesse botar fim nas minhas questões mal resolvidas, agora que a tenho A MINHA AMIGA ao meu lado.

É claro que não são só sentimentos bons...existe também egoísmo, aquela felicidade maliciosa de tê-la de volta rá rá rá.
Mas o importante é saber que não importa o que aconteça sempre a terei, perto ou longe, sei que ela estará lá por mim, ou no mínimo estará dentro do meu coração, para sempre s2!

Eu Amo Você!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Leve-me ao nirvana



Viajar é um dos melhores verbos que existe!

Ele te leva a novos lugares, a novas pessoas, novas vidas, culturas, rotinas, possibilidades, frescores, novidades, eurekas rsrs...

Sacode sua vida acomodada, sua monotonia, faz repensar, questionar caminhos escolhidos frequentemente, retira você do piloto automático.

Eu defino isso como um divertido despertar, um despertar agradável, não é como um tapa que de tempos em tempos a vida nos dá.

Mas particularmente essa viagem que fiz recentemente serviu para me desvencilhar de algumas coisas inúteis.

Uma delas é o desejo incessante de monitorar certas pessoas na internet.

Monitora não é a minha profissão.

Não sou paga pra isso!

Alguém aí já sofreu desse mal? (está comigo, Ellen?)

Existe terapia pra isso?!?!

Além da viagem, o livro que li nas férias serviu de terapia.

Fez-me questionar por que perco meu tempo com pessoas que não ligam se estou morta ou viva...

Estou abandonando essa “ocupação” de uma vez por todas.

E acho que você devia me acompanhar, Ellen.

Será como o nosso próprio clube de Monitoras Anônimas.

As fotos são de algum lugar entre Igarapava e Ribeirão, por onde passei de ônibus.




E o Dia dos Pais está chegando!


Viajei para visitar meu pai e agora que retornei estou com a sensação de que perdi cinco dias das minhas férias. Eu amo ele...mas à distância.

Estou refletindo até agora o que me disse meu primo Murilo sobre eu aspirar a pessoas de personalidades fortes e não enfrentar meu próprio pai.

É complicado...apesar de ser muito corajosa para vários aspectos da vida, quando estou com ele me sinto como uma criança de 5 anos.

Nossa relação já não é lá muito favorável, prefiro não arranjar mais motivos para desentendimentos e ceder, ceder, ceder, sempre ceder.

Abaixo está um poema que escrevi com 12 anos, quando esperanças ainda enchiam meus olhos e o mundo era mais colorido.


Pai...


Eu queria tanto sua participação no meu primeiro caminhar

Queria que você me fizesse ninar

Ensinasse-me a falar

Como na vida jogar

E comigo viesse brincar

Estivesse ao meu lado para comemorar

Mostre-me a direção pra olhar!


Ficasse aflito esperando eu chegar

E quando seu nome chamar

Venha meu choro calar,

Meu cabelo afagar

E com seus braços pode me apertar

Mostre que ao meu lado sempre vai estar

E de mim nunca vai descuidar!


Saiba que tudo que quero é te abraçar

Mesmo se eu não demonstrar

Mesmo se não me aproximar

Saiba que eu só sei te amar

Pois ainda sou criança e tudo que faço é tropeçar

Então me ensina a caminhar!


Mostre-me como é bom sonhar

E depois venha um beijo me dar

Para me acordar

E não venha reclamar

Se eu me atrasar

É porque deixo a hora passar

Porque só no mundo da lua sei ficar

Gosto de levitar...

Pois ainda não sei caminhar!


Primeiras palavras (de algum livro barato)



“Não se preocupe. Você é humana...Sua memória não passa de uma peneira. O tempo cura todas as feridas para a sua espécie."


"- Cuide-se - sussurrou ele, frio contra minha pele.
Veio uma brisa leve, nada natural. Meus olhos se abriram. As folhas de um pequeno bordo estremeceram com o vento suave de sua passagem.
Ele se fora.
Com as pernas trêmulas, ignorando o fato de que minha atitude era inútil, eu o segui para a floresta. O sinal de sua passagem desapareceu de imediato. Não havia pegadas, as folhas estavam imóveis de novo, mas avancei sem pensar. Não podia agir de outro modo. Precisava continuar em movimento. Se parasse de procurar por ele, estaria tudo acabado.
O amor, a vida, o significado...acabados."

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim"

"A desvantagem é que fiquei com tempo livre nas mãos, e eu tentava a todo custo evitar o tempo livre".

"Proibida de lembrar, com medo de esquecer; era uma linha difícil de seguir".

"Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito e que meus órgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, restando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar apesar do tempo"

"Lutei para ter meu torpor, minha negação, mas isso me fugia.
E, no entanto, achei que podia sobreviver. Eu estava alerta, sentia a dor - a perda dolorosa que se irradiava de meu peito, provocando ondas arrasadoras de dor pelos membros e pela cabeça -, mas era administrável. Eu podia sobreviver a isso. Não parecia que a dor tivesse diminuído com o tempo; na verdade, eu é que ficara forte o bastante para suportá-la."

“Eu parecia uma lua perdida – meu planeta destruído em algum cenário de cinema-catástrofe – que continuava, apesar de tudo, numa órbita muito estreita pelo espaço vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade.”

"Quando você se importa com uma pessoa, você já não pode mais pensar nela usando a lógica. O amor é irracional, eu lembrei pra mim mesma. Quanto mais você ama alguém, menos sentido as coisas fazer."

"Afinal, de quantas outras formas um coração podia ser maltratado e ainda esperar continuar batendo? Eu havia vivido muitas coisas que podiam ter acabado comigo nesses últimos dias, mas isso não me fez sentir mais forte. Ao invés disso, eu me sentia horrivelmente frágil, como se um palavra pudesse me fazer em pedaços."

"Uma coisa eu realmente sabia - sabia com a pontada do meu estômago, no centro dos meus ossos, sabia isso do topo da minha cabeça até as solas dos pés, sabia isso no meu peito vazio - o amor por uma pessoa pode ter o poder de te destruir. Eu estava destruída e sem reparo."

"Antes de você minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas havia estrelas...Pontos de luz e razão...E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para nada."